domingo, 30 de agosto de 2009

A expressão surge com a vida


Quando nascemos as diversas sensações como frio, fome, dor são expressas através do choro, gritos e fisionomia. Ao serem interpretadas pelos pais como necessidades, logo são atendidas.
Essas diferentes formas de expressões são na verdade a primeira forma de comunicação como o novo mundo que rodeia o universo infantil.
Com o tempo ao relacionar o choro com respostas das suas necessidades suas expressões deixam de ser gratuitas para serem voluntárias.
Aos poucos a linguagem vai adquirindo mais consistência até chegar a palavra como forma mais elevada de expressão ampliando a visão de pessoas, objetos e imagens, de espaço e de mundo.
A partir daí a criança expande suas formas de expressões: o salto, sons, gestos, ruídos, garatuja, e tudo o que lhe permite comunicar o que acontece em seu mundo interior, estimulado pelo mundo exterior.
Pouco a pouco vão se transformando em mímica, dança, canto, desenho e modelagem. O jogo lúdico muda espontâneamente para jogo dramático. Quando acontece de forma natural proporciona à criança o prazer de novas descobertas.
Ao orientar as primeiras atividades de expressão é preciso considerar as manisfestações espontâneas da criança, a única coisa que a permitirá exteriorizar sua personalidade.
Quando é criado um clima de liberdade nasce a expressão de sentimentos e sensações sem o medo de censura.
A aprendizagem das atividades de expressão artística fundamenta-se no binômio espontaneidade/técnica. A busca do equilíbrio entre a espontaneidade e a técnica; entre a expressão do eu e o conhecimento do outro.

Reverbel, Olga. Um Caminho do Teatro na Escola
Editora Scipione, 1989

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