quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Falando sobre mim...



Chove...
De vez em quando o barulho da chuva é interrompido por um trovão, ora brando, ora mais forte.
Dentro de mim também chove torrencialmente e me pergunto por quanto tempo ainda.
Sinto saudades dos dias de sol, do calor aquecendo meu intimo.
Das cores que ele produz em mim.
Porém a umidade se faz presente, conduzindo ao mofo, cores cinzentas...
Se fosse uma enxurrada talvez levasse consigo esta tristeza, mas enxurradas levam tudo o que encontra pela frente, porém elas levam, não se acumulam, quando passa deixa seus sinais sim, mas ainda prefiro elas do que as enchentes, na verdade prefiro os dias de sol mesmo...
Às vezes as nuvens densas dão uma trégua, e deixam transpassar os raios luminoso de minha estrela saudosa. Esses momentos são únicos e aproveito tudo que posso deles, pois sei que ainda pode continuar chovendo por mais tempo.
Sei também, que ela vai passar, e então tudo terá seu tempo certo, nem chuva demais, nem sol de menos, pois ambos são necessários, para o equilíbrio do meu ser.
Enquanto aguardo, escrevo, pois é uma terapia.
Extravaso, me exponho, me ajudo, me reciclo.
A escrita me aceita assim como sou, me respeita, me entende, me consola. Expressa tudo que eu preciso por para fora sem me criticar ou condenar, apenas me acompanha em meus devaneios. Ela á minha grande amiga e aliada, quando minha voz insiste no silêncio da minha alma.
Ela me revela sim numa veracidade inquestionável. Um presente de Deus sim, pois só Ele para me conhecer tão bem...
É meu escape, quando fervilho por dentro.
Não sei o seu alcance e impressões nos outros, mas sei que ela me alcança e me envolve, me compromete comigo mesmo, com a verdade daquilo que sou quando acordo, sem maquiagem, descabelada, minha essencia tão somente.

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